Com a ditadura do Estado Novo, o nacionalismo está em alta. Exaltar o Brasil, repentinamente se torna moda, vários compositores entrando na onda. Francisco Alves é o cantor brasileiro responsável pela primeira gravação do gênero que ficaria na história com o nome de “samba-exaltação”, lançando, em 1939, Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, com arranjo histórico de Radamés Gnatalli, que mais tarde seria escolhida a melhor música brasileira de todos os tempos:
Brasil! Meu Brasil brasileiroMeu mulato inzoneiroVou cantar-te nos meus versosOh! Brasil, samba que dáBamboleio, que faz gingarOh! Brasil, do meu amorTerra de Nosso SenhorBrasil! Brasil! Pra mim, pra mim.
Oh! abre a cortina do passadoTira a mãe preta do cerradoBota o rei congo no congadoBrasil! Brasil!Deixa cantar de novo o trovadorA merencória luz da luaToda canção do meu amorQuero ver essa dona caminhandoPelos salões arrastandoO seu vestido rendadoBrasil! Brasil! Pra mim, pra mim.
Brasil! Terra boa e gostosaDa morena sestrosaDe olhar indiferenteO Brasil, samba que dáBamboleio, que faz gingarOh! Brasil, do meu amorTerra de Nosso SenhorBrasil! Brasil! Pra mim, pra mim.
Ah! Esse coqueiro que dá cocoOnde amarro a minha redeNas noites claras de luarBrasil, pra mimAh! ouve essas fontes murmurantesAonde eu mato a minha sedeE aonde a lua vem brincar.Ah! esse Brasil lindo e trigueiroÉ o meu Brasil brasileiroTerra de samba e pandeiroBrasil, pra mim, pra mim,Brasil Brasil, pra mim, pra mim,Brasil Brasil, pra mim, pra mim.”
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